sábado, 19 de abril de 2014

Flui

Flui na indecisão constante
o pensamento leigo de um qualquer.
Pesado como um elefante,
mas suave como uma mulher.

Flui de forma indolor
como o vento pelo jardim
acariciando cada flor
ou seus cabelos sem fim.

Me permita fluir em você,
nessa imensidão apertada,
onde a vontade de viver
demora mais do que a madrugada.

E fluiu.



Autor: Lucas Braga

Sem Título III

Mergulhou no coração alheio e esqueceu de respirar.
Morreu apeixonado.


Autor: Lucas Braga

sexta-feira, 18 de abril de 2014

No dia, na noite escura

No dia, na noite escura,
o sono que nunca dura.
A alma não descansa
vida breve sem cura.

Na chuva daquele dia,
nos ventos da manhã fria,
A sombra, sem esperança,
se aquece na rua vazia.

No quarto, janela fechada,
observa tudo e não faz nada,
lembra de sua infância
pairando pela madrugada.

Tenta compreender o incerto,
tendo sua sombra sempre por perto.
Na falta de ignorância
de seu ego mais esperto.


Autor: Lucas Braga

No frio

Você me faz falta no frio,
falta de mais um arrepio.
Falsa sensação de calor
e é por isso que sorrio.

Falta de mais um edredom,
falta daquele seu beijo bom.
Aquelas conversas, aquele amor,
aqueles sorrisos, aquele som.

E quando chove, já não sei mais
se é problema da chuva ou falta de paz.
Seu perfume me tonteia o mundo,
coisa que sua lembrança me traz.

E nesse frio que não se cala,
que treme tudo, que a junta estala,
um sentimento bem profundo
não me impede de lembrá-la.



Autor: Lucas Braga

Venho em momento ocioso

Venho em momento ocioso
escrever de forma clara
sobre a mente do ser preguiçoso
que respira a ideia rara.

De tudo que vem e vai
é preciso muita atenção.
Se não se guarda o que sai,
da mente e do coração,
a semente não cai
para germinar a inspiração.

E do ócio mais profundo
que desperta a mais ociosa
ideia de todo o mundo
me faz a mente preguiçosa.

Posso eu ter errado,
esquecido, nem sentido,
talvez nunca lembrado
ou estaria eu mentindo?



Autor: Lucas Braga

Mais rápido

Mais rápido
Ais rápido
Is rápido
S rápido
Rápido
Ápido
Pido
Ido
Do
0


Autor: Lucas Braga

Assim

Não crie expectativas demais,
não irão acontecer.
Não procure olhar para trás,
a vida é assim.

Se entope de coisas sem sentido
tentando cobrir o que já é certo.
Acerta no primeiro comprimido,
os outros, não têm fim.

Acompanhava as paredes de casa
tentando achar um final
que desse vida àquela brasa,
àquele fogo que é real.

Não crie expectativas demais,
você não é assim.
A vida te joga pra trás,
mas os comprimidos não têm fim...



Autor: Lucas Braga

Aos poucos

Aos poucos você vai tirando,
Aos poucos você vai sumindo,
Aos poucos, não está mais ligando.
Aos poucos é pouco
E não está mais sentindo.

Aos poucos tudo passa,
Aos poucos tudo fica.
Aos poucos perde a graça,
Aos poucos se perde tudo
E a alma se torna rica.

Aos poucos demora demais,
Aos poucos não termina.
Se afasta um pouco mais

Aos poucos voce buzina
Aos poucos voce me traz
Um pouco mais da sua menina.


Autor: Lucas Braga

Já foi

Me afoguei nas crenças do último dia
Tentando, enfim, me fazer companhia
Em vão.

Cigarro e poemas,
Televisão e outros sistemas
Para mais um refrão.

A fumaça dança se arrastando pelos meus dedos.
O silêncio é a prova dos meus segredos,
É à prova de solução.

Sintonia com o que merece,
Descansando no que acontece,
Melancolia em combustão.



Autor: Lucas Braga