terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A sorte

Lareira acesa,
janelas molhadas,
cartas na mesa
todas ensopadas.

Meias ao chão,
pés no sofá.
Fraca a iluminação
para quem quer cochilar.

Pálpebras pesadas,
olhos vermelhos.
Frases pensadas
completam seus conselhos.

Dorme falando,
escuta dormindo.
A chuva continua molhando
e as janelas, assistindo.

O telefone toca,
você não escuta.
O barulho te provoca
enquanto seu sono encurta.

Era importante?
Quem vai saber?
Talvez uma coadjuvante
querendo amar você.


Autor: Lucas Braga

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