sábado, 29 de dezembro de 2012

Sem título II


Engoliu de forma seca
todo o ruim que lhe foi feito.
E há de quem insistisse
e machucasse seu peito.

De maneiras, resistia ao improvável,
aos gritos escuros que recebia.
Amava tanto sua sombra,
que não acreditava no que via.

Chorou, gritou de forma rouca.
Se surpreende ao lembrar
de lembrança louca.

O que lhe resta é amar
Viver beijando a boca
de quem lhe da ar para respirar.


Autor: Lucas Braga

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