segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Batom vermelho

Teu batom vermelho pinta meu pescoço,
me possuo pelo seu desejo.
Te peço mais um beijo de almoço.

Guardo minhas chaves onde não possa ver
e aonde eu não possa me lembrar.

Quero chegar em casa e me deparar
com seus olhos nus em cima de mim
me pedindo para fazer assim.

As plantas daqui de casa procuram opinião formada,
os quadros não param de conversar.

E ainda tento limpar meu pescoço
para dar uma aparência de bom moço
para quando você vier,
porque tu sabes como tu és, mulher.


Autor: Lucas Braga

Óculos de Sol

Meus óculos de sol andam muito abafados
e não entendo porquê.
Tento enxergar pelos lados mas não vejo você.

Meus olhos pulam, meu coração dispara
mas ainda não consigo ver.
Tem alguma coisa que me para por completo.

Mas só piso em secas flores
para amaciar minhas dores
e deixá-las desnorteadas.

Continuo tentando te ver.
Suas altas tonalidades de voz me faziam entender.

Vou tentar te ligar e ver o que você acha.
Se devo mudar de óculos de sol
nesse sol que me racha.

Se por um dia, lembrar que eu tento te encontrar,
olhe para o sol e encontre meu segredo
que escondi das minhas dores por medo.


Autor: Lucas Braga

O mundo do meu agora

As vezes me sento no vazio
e me apoio no que me resta
para pensar em tudo de mais escuro
e quem sabe, quebrar esse muro
que nos atrapalha a enxergar.

Quando te ligo para tentar entender
porque não foi jantar lá em casa

Me acho no escuro, tentando ver
o que te disse mais cedo.

Me afogo em meio segundo
para hidratar minha alma
que te espera por todo um mundo
na passividade e na calma.

Não me evito, mas te amo
e não acho também que é um engano
em me apoiar no que me resta
porque no meu mundo, você presta.


Autor: Lucas Braga

domingo, 30 de outubro de 2011

Eu quero amar

Eu quero te amar, te fazer feliz
abraçar o guarda e pintar seu nariz.
Quero te dar flores,dançar com escultores
eu quero isso e sempre quis.

Amar é minha primeira opção
a segunda é conseguir entender
o que faz meu coração
amar sem pedir pra receber.

Sorrir é práticidade em qualquer idade
seus sorrisos estão em cada canto da cidade
para onde eu vou, seja no bar ou aonde você almoçou.

Ajudaria as crianças que já são grandes
a recuperar suas lembranças, as quais se escondem
delas.

Juntaria todas as gotas de chuva
e levaria para quem tem sede.
Cada folha seca, para quem dorme na rede,
cansado trabalhador, uma sombra.

Posso pintar o mundo de outra cor
e apagar essa dor que se esconde?
Tantas formas de amenizá-las
e não sei por onde começar a procurá-las.


Autor: Lucas Braga

Atitude em falta

Mal chego na praia, e já te vejo de longe
Com suas amigas sentadas na canga e esperando o tempo passar.
E despreparado com minha atitude em falta

Arranjo umas palavras pelo ar.
E arranjo mais sombras para pisar na areia
E encontrar minha sereia de pele morena

Que me chama para perto , me tira do correto
E Assim vou me perdendo mais

Posso apagar a sol para na minha cama você se deitar?
E te fazer sorrir e te fazer me amar.

Porque na minha casa é aonde te quero ver
E me fazer viver e nossos filhos criar.

Mal chega na minha vida, toda bem vinda
Com meus problemas para resolver
E despreparado com minha atitude em falta


Autor: Lucas Braga

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Hoje vou fazer poesia

Hoje vou fazer poesia
porque às vezes me falta ter.
Tendo sempre durante o dia
mais uma coisa para se fazer.

E quando a poesia se faz
sem minha necessidade.
Continuo sendo incapaz
de fazer algo nessa cidade.

Me relaciono com elas
de uma forma sem saber.
São coisas tão paralelas
que me fazem esquecer de viver.

Então, hoje vou deixar assim,
não quero fazer nada.
Se está tão difícil para mim
passar o tempo nessa tarde ensolarada.


Autor: Lucas Braga

sábado, 22 de outubro de 2011

Com amor

Fui me atrás no pensamento
para tentar entender
como flui o sentimento
que eu sinto por você.

E de ontem, do passado
tanto em ti eu ainda penso.
És um ser tão amado
por esse meu amor tão imenso.

Sou inteiramente seu
e do corpo não tenho direito.
O amor que já me deu,
é de tudo, mais perfeito.

Não se engane com a ausência
de minhas palavras amorosas.
Tenho, de certo, tal carência
que lhe darei com um buquê de rosas.


Autor: Lucas Braga

domingo, 16 de outubro de 2011

Vinhos

Teu vinho tinto já acabou
e meu sono há de vir.
Deite na cama de quem te amou
e de quem ainda te faz sorrir.

O tempo interrompe por uma fração
e toda ela é suficiente
para reviver meu coração
e ter meu sangue corrente.

Já me volta o amor
com álcool e saudades
até o Sol se pôr
o silêncio é raridade.

Ainda bem que tenho outro vinho
para beber depois.
No próximo, volto a ser sozinho,
pois amo de dois em dois.


Autor: Lucas Braga

Me mostrei ao mundo

Quem me mostrou ao mundo
o que hoje me faz ser?
Se não tenho nenhum oriundo
e amizades não sou de ter?

A vida não me passou toda
e, abandonado, tenho a estar
capaz de girar minha própria roda
e dela, me ensinar.

Abro a minha mente
e peneiro o essencial.
De tanto suficiente
sobressaio do especial.

Quem mostrarei da vida
que necessita de atenção,
terá outra saída
para o fim da decepção.


Autor: Lucas Braga

Minha forma de escrever

As poesias não possuem começo,
meio e fim.
As minhas podem estar ao avesso.
Quem as escreverá por mim?

Esta acaba aqui
e continuará logo mais.
Tantas palavras a fluir
que não sei do que sou capaz.

Terminou
E daqui começo novamente.
Porque para mim, o que acabou
pode começar diferente.


Autor: Lucas Braga

Passado

No início do passado,
quando tudo era nada,
foi me tanto acordado
numa vida tão sonhada.

E de sonhos em mim
tantos sonhos eu quis.
De toda vida sem fim,
das más noites que fiz.

Quando o nada me reinava
e me descobria à dormir,
vivia simples quando sonhava
tanto quanto a existir.

Vivia em sonos vazios
e em passados que hoje são
tão presentes quanto frios
que me sonham em solidão.


Autor: Lucas Braga

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Olhar

O seu olhar mais atraente
perfurou meu coração.
E ainda diz que sente
por ter feito tudo em vão.

De cada íris de seus olhares
e de todas as letras de suas falas,
a falta que me faz, os lugares,
para me apoiar, minhas salas.

Vozes que lambem meus poros
e arrepiam minha inocência.
Em pequenas doses, choro
por não ter tanta indecência.

Mas ainda acho seu olhar
a coisa mais doce do mundo.
Um poço ao mergulhar
um escuro tão profundo.


Autor: Lucas Braga

A experiência

Trago comigo a experiência
de alguém que já viveu.
Traguei da vida, a essência
que não me matou, mas morreu.

O cinzeiro é sua cova
e tal fumaça que inalei
é mais uma experiência nova
que já soube mas não sei.

Ai saudades, ai lembranças!
O que ainda não fiz?
Esperei minhas esperanças
nascerem aonde eu quis.

Me ouse a vivenciar
cada coisa que não conheço.
Porque vivo para experimentar
o que me oferecem e eu as ofereço.


Autor: Lucas Braga

Minhas pegadas

Pegadas que, um dia ,dei
desaparecem como o pensamento.
E desse pensamento, o que sei
é que quando pensei
fui levado pelo vento.

O mesmo vento que varreu
as pegadas que eu fiz
e que diz que não sou eu
por ter vivido e já morreu
tudo aquilo que eu já quis.

Penso, ando, mas morto.
E vivo uma suposta enganação
por ter batendo, ainda, o coração
debaixo desse tal "conforto"
que acalma as pegadas nesse chão.


Autor: Lucas Braga

Dormem palavras em sono

Dormem palavras em sono,
no cansaço de outro eu,
e sentem no tal abandono
de mais uma tarde de outono
de quem ouviu ou já leu.

Descansam, por assim dizer,
de tudo que já passou.
E acordam, ao meu ver,
não para escrever
e sim para dizerem quem sou.


Autor: Lucas Braga

sábado, 8 de outubro de 2011

Por dentro

De dentro do meu inconsciente,
me vejo, me crio.
Nas profundezas, um afluente.
Memórias num rio.

E crio limitações,
ondas infinitas.
Me limito à ondulações,
mentes aflitas!

Mentalizo o impossível
e possibilito minha mente
de ver o invisível
me vendo à minha frente.

Vazio, só sinto vazio...
Que serás que me faz assim?
Sua ida, meu frio...
Tudo isso, dentro de mim.


Autor: Lucas Braga

Sem título

Faço uma poesia
sem título e motivo.
Faço da mente, uma economia.
Evito pensar, me sinto mais vivo.

E a bebedeira de hoje a tarde,
a choradeira de agora pouco...
O álcool, por dentro, me arde,
me queima, me deixa louco.

Cadê a ressaca quando preciso?
Posso ter ressaca de amor.
Posso ter ressaca do seu sorriso.
Só não posso ter ressaca de dor.

Termino uma poesia
sem motivo e nem título.
Mais uma do meu dia,
da minha vida, outro capítulo.


Autor: Lucas Braga