sábado, 6 de novembro de 2010

A espera

Esperar, esperar e esperar.
Até onde isso vai chegar?
O menino continua sentado
esperando-a nesse frio embriagado.

Espera, soluça, chora.
Nada o faz querer ir embora.
A chuva começa bem fina
e o menino, continua esperando a menina.

Se ao menos o menino soubesse quem é ela.
Se ao menos ele soubesse o nome dela.
Mas não, ele não a conhece.
E é isso que mais o entristece.

A chuva aperta. O menino fica todo molhado.
O silência cresce. O som continua calado.
Cadê essa menina que não aparece?
O menino deita no banco. E esquece.

Muito tempo depois, ele é acordado.
Por uma sombra escura, ele é abordado.
Não era a menina que esperava.
Era o fim que o encontrava.


Autor: Lucas Braga

Um comentário:

  1. Nossa. o.o que triste..
    mas é bonita.. poeética (dãããã)
    deu pra visualizar bem.
    imaginei o menininho.. e me vi no menininho '-'
    esperar é frustrante
    mas um dia o menino acha a menina
    até pq deve ter uma menina em algum lugar
    sentada num banco esperando tb
    sorte deles se um dia for o mesmo parque... - ou não.

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