Que sons mais altos
que não escuto quando embarulho.
São como pedras em saltos,
e em cada salto, um pedregulho.
Me dói a audição,
e sinto internamente
uma estranha vibração
que nem o barulho sente.
Sou eu que o crio,
só eu o sinto?
Da verdade, eu rio.
E, se rio, minto.
Há barulho em mim,
crio tanto para fora.
Um barulho sem fim
que não pretende ir embora.
Autor: Lucas Braga
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