quinta-feira, 7 de julho de 2011

Saudade do inexistente

Saudades do inexistente,
do que nunca foi de haver.
Choro por quem não sente
e sinto por quem não quer ver.

Ah, grande incerto
que me sufoca de curiosidades.
O presente está perto
mas do futuro ainda há saudades.

A cada minuto passado
menos saudades eu tenho.
Por ter tempo acabado
de saudades de onde eu venho.

O futuro, não verei,
a saudade há de existir.
E do tempo, o que sei,
é que quero e não posso sentir.


Autor: Lucas Braga

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